A cidade de Nova Iorque inspirou diversos escritores, de múltiplas nacionalidades, ao longo do tempo.

No presente artigo analisaremos, à luz da imagologia, um dos métodos mais antigos da Literatura Comparada, a imagem de Nova Iorque delineada pelo escritor português Ferreira de Castro, na obra A volta ao Mundo, onde são relatadas as impressões decorrentes da visita à "Big Apple".

Deste modo, através da análise dos percursos do visitante por Nova Iorque, equacionaremos o significado da imagem delineada desta cidade estrangeira, analisando o modo como o "Eu" se relaciona com o "outro", a óptica definidora do seu ponto de vista, tentando compreender de que forma os binómios unidade/diversidade, distância/ proximidade intervêm no discurso literário.

Em suma, tentaremos compreender o modo como o conhecimento e a representação das várias vertentes da cidade conduz a um aperfeiçoamento da identidade do "eu", em confronto com a alteridade, reflectindo uma abertura ao outro eivada duma dimensão profundamente humanista.