Falar de Paulo Freire na Ásia, especialmente na China, significa abrir e
ampliar um espaço de diálogo que, historicamente, tem sido marcado pela
polarização: Ocidente Oriente; capitalismo e comunismo; abertura e isolamento
etc. Esta polarização faz parte de um paradigma filosófico-epistemológico que
perpetuadamente tem sublinhado muitas formas de pensar, mas, por isso
mesmo também, tem suscitado resistências que se tornaram robustas e que
desconstroem, contemporaneamente, essas visões opositivas, excludentes e
maniqueístas, para dar espaço a visões mais processuais, multifacetadas e
interrelacionadas dos fenômenos socioculturais, políticos, linguísticos.